A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta última terça-feira (04) que os planos de saúde individuais ou familiares terão um reajuste anual máximo de 6,91% este ano. Esse índice será válido de 1º de maio deste ano até 30 de abril de 2025 e será aplicado na data de aniversário do contrato.
O reajuste é menor que o dos anos anteriores. Em 2023, por exemplo, o aumento foi de 9,63%. Exceto em 2020, durante o auge da pandemia de Covid-19, quando houve uma redução nos valores dos planos, este é o menor reajuste desde 2010. Apesar disso, a alta supera a inflação média da economia. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice usado nas metas de inflação do governo, ficou em 3,69%.
A ANS considera, no cálculo do índice do setor, o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA, que se refere a variação de custos médico-hospitalares) nos últimos 12 meses e também o IPCA, descontando o subitem plano de saúde.
O índice definido pela ANS aplica-se apenas aos planos individuais, que abrangem 8,79 milhões de usuários no país, ou 17% do total de brasileiros com cobertura de saúde privada. Na modalidade individual, os contratos são celebrados diretamente com as operadoras para a própria pessoa e dependentes.
Contudo, o número acaba servindo de referência também para o reajuste dos demais planos, tanto empresariais quanto coletivos por adesão, que têm reajustes não determinados pela ANS.
O aumento anual é aplicado pelas operadoras na data de aniversário de cada contrato. Como o percentual foi divulgado com um mês de atraso, ele será aplicado retroativamente nos contratos que deveriam ter sido reajustados no mês passado.
Além disso, se houver mudança de faixa etária durante o período, o consumidor pode ter dois reajustes no mesmo ano.
Fonte: Exame / Agência Brasil