Unimed Leste Fluminense vai fechar hospital em São Gonçalo em fevereiro

Unimed Leste Fluminense vai encerrar as atividades do hospital de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a partir do dia 1º de fevereiro. Um comunicado aos funcionários e prestadores de serviço diz que o fechamento da unidade se dá por motivos “assistenciais e institucionais”.

O cronograma de suspensão dos atendimentos começou nesta quarta-feira, com a transferência dos pacientes pediátricos para o Hospital Itaipu, em Niterói. Segundo a operadora, até o dia 31 os pacientes adultos passarão por avaliação caso a caso e encaminhados para outros hospitais da rede credenciada.

A Unimed Leste Fluminense atende 119 mil usuários nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, Tanguá e Silva Jardim, todas na Região Metropolitana.

O Hospital Leste Fluminense é a antiga Casa de Saúde Santa Maria, no bairro Camarão, comprado pela operadora em 2015 como a principal unidade do plano em São Gonçalo, um dos municípios mais populosos do Grande Rio. Além de atendimento para adultos, o hospital também tem emergência, UTI e centro cirúrgico neonatal e pediátrico.

A operadora enfrenta dificuldades. Pelos dados da ANS, a Unimed Leste Fluminense encerrou o terceiro trimestre de 2024 com R$ 718 milhões em receita. Enquanto isso, as despesas assistenciais – os gastos da empresa com o atendimento aos usuários – fecharam em R$ 763 milhões. Se forem considerados os gastos administrativos, como a remuneração dos funcionários, os custos passam de R$ 831 milhões.

Demissões no hospital

Por conta da suspensão das atividades do hospital em São Gonçalo, funcionários serão demitidos e prestadores de serviço terão os contratos encerrados. O número de profissionais afetados, no entanto, não foi informado.

No documento, a diretoria da Unimed Leste Fluminense diz que tem conversado com outras unidades de saúde da cidade, como o Hospital Samcordis e o Hospital e Clínica São Gonçalo, para tentar alocar os trabalhadores dispensados.

“Para minimizar o impacto social desta medida, estamos avaliando as necessidades de pessoal nas demais empresas do Grupo Unimed, por meio de processos de seleção interna. Além disso, estamos em contato com as áreas de recursos humanos de outros hospitais da região, com o objetivo de direcionar os colaboradores desligados para novas oportunidades de emprego”, diz o texto.

O GLOBO procurou a operadora, que informou, na tarde desta quinta-feira, que a unidade será desativada para obras. O tempo de duração das intervenções não foi detalhado.

“Informamos que os pacientes, além de poderem utilizar o Hospital de Itaipu, que já conta com as instalações, hotelaria e equipamentos totalmente modernizados, têm disponível toda a rede credenciada da operadora”, disse a empresa.

Fonte: O GLOBO