Ontem, teria sido anunciado que o grupo hospitalar Rede D’Or São Luiz iria comprar o Hospital da Bahia. A informação, porém, foi negada pelo grupo.
Em comunicado ao mercado, a administradora do Hospital da Bahia, a rede Dasa (Diagnósticos da América S.A.), também negou a possibilidade de venda para o grupo. No texto assinado por André Covre, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, a empresa informou que “não está engajada em negociações para a alienação do hospital para a Rede D’Or São Luiz ou Hapvida”.
Com sede no Rio de Janeiro, o grupo Rede D’Or São Luiz está presente em diversos estados: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão e Sergipe. Em Salvador, já controla os hospitais Aliança, São Rafael, Aeroporto e Cardio Pulmonar. E vai entregar em poucos dias o Star Aliança.
A aquisição do novo hospital acenderia um alerta no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A avaliação de segmentos da área de saúde é a de que, como o Grupo D’Or já administra quatro hospitais em Salvador, o órgão poderia impedir a aquisição do Hospital da Bahia a fim de evitar o monopólio.
Suspensão de atendimentos de urgência e emergência pelo Planserv
Paralelamente, a direção do Hospital da Bahia informou à coordenação-geral do Planserv, nesta terça-feira (5), que vai encerrar os atendimentos de urgência e emergência para beneficiários da assistência de saúde estadual. A decisão passou a valer a partir desta quinta-feira (7). O hospital teria justificado que um “redimensionamento da unidade” motivou a decisão pela descontinuidade desse tipo de serviço. Alguns rumores indicavam que a suspensão tinha relação com a suposta venda do hospital ao grupo Rede D’Or São Luiz.
Apenas os atendimentos ambulatoriais relacionados à neurocirurgia, cirurgias torácica, cardíaca, cabeça e pescoço, cirurgia geral do trato digestivo e oncológica continuarão sendo prestados pelo hospital aos beneficiários do Planserv. Também permanecem sendo disponibilizados atendimentos para as especialidades de radioterapia, cardiologia e oncologia, assim como exames de Ecocardiograma, Mapa, Holter e Eletroencefalograma, dentre outros. Os pacientes deram entrada no hospital via atendimento de emergência e que ainda se encontram na unidade não terão descontinuidade no atendimento.
Segundo a coordenadora-geral do Planserv, Socorro Brito, estão sendo adotadas medidas para assegurar o atendimento aos beneficiários. Uma das estratégias será a antecipação da abertura dos leitos da segunda fase do Hospital de Brotas, além da ampliação da capacidade operacional do Hospital Fundação Bahiana de Cardiologia e de outras unidades, inclusive em Lauro de Freitas. “Foi uma decisão de mercado, em que não se levou em conta a importância do Planserv para a saúde suplementar local. Negociamos o quanto pudemos, mas a nova direção da unidade fez a opção de redução dos serviços, mesmo após tantos anos de parceria”, destacou a coordenadora-geral.
Fontes: BNews / Metro 1 / Bahia Notícias / CORREIO