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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promoveu reunião nesta semana para debater alguns pontos previstos na nova proposta de regulamentação para o setor. Dentre os elementos apresentados, está a revisão técnica dos planos individuais de saúde.
Para o Bradesco BBI — Banco de Investimento da Organização Bradesco —, o item é o mais importante dentre os presentes na audiência e pode garantir o reequilíbrio de rentabilidade de carteiras deficitárias. A intenção da reguladora é não somente melhorar aspectos de precificação mas também garantir algum tipo de compensação pela operadora, como a comercialização de planos individuais.
No entanto, ainda são necessárias definições de alguns indicadores, como demonstração de ameaça à sustentabilidade econômica da operadora oferecida pela carteira. Além disso, é importante que a representatividade da carteira para operadora seja demonstrada e, ainda, que a companhia demonstre atividade no mercado de plano individuais (tanto em tempo quanto em volume).
Nesse cenário, o BBI estima que SulAmérica (parte da Rede D’Or [RDOR3]) e Bradesco podem não ser elegíveis. Isso porque o segmento individual representa apenas 6% e 8% das suas receitas totais, respectivamente. Já a Hapvida (HAPV3) não precisaria da mudança de regulamentação para chegar a maior equilíbrio. Assim como a Notre Dame Intermédica, o índice de sinistralidade ficou em 46% e 68% respectivamente, abaixo de parâmetros da ANS.
Na visão do BBI, a regulamentação da revisão técnica poderia não somente não ser positiva para Hapvida e Rede D’Or como também ligeiramente negativo por não se beneficiarem do aumento de preços.
A vencedora, para a análise, seria a Amil, tanto por atender aos critérios de elegibilidade quanto pelo fato de ser altamente deficitária. A operadora também tem carteira de planos individuais com sinistralidade elevada e que representa muito para as receitas totais. A regulamentação poderia, inclusive, fazer com que a concorrência da operadora aumentasse, pela melhoria da lucratividade.
Fonte: InfoMoney