Os números de beneficiários de planos de saúde na Bahia aumentaram no primeiro semestre de 2024, comparado ao 1º semestre de 2023. Em um levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde (ANS), o estado tinha, até junho do ano passado, cerca de 1.682.351 usuários de plano de saúde e em junho deste ano aparece com 1.685.967. Uma diferença de 3.616 beneficiários.
Nos números deste ano, cerca de 5.900 foram em planos ativos; 708 operadores em atividade; 440 operadoras ativas com beneficiários; taxa de cobertura de 11,93% e variação no mês foi de 0,04%.
Já a taxa de sinistralidade, que é a relação entre o custo dos sinistros e o prêmio recebido pelas operadoras de planos de saúde, foi de 87,2% para 82,5%.
As receitas e despesas também registraram aumento entre o 1º triênio do ano passado e o 1º triênio deste ano. Nas Receitas de contraprestações foram gastos R$ 65.111.942.486 nos três primeiros meses do ano anterior e R$ 73.967.767.151 nos três primeiros meses do atual ano. Em outras receitas operacionais, foram R$ 4.112.429.169 no primeiro triênio do ano passado contra R$ 4.841.338.740 deste ano.
Já na despesa assistencial, foram gastados R$ 56.710.978.734 no primeiro triênio do ano anterior contra R$ 60.913.095.699 de 2024. Na despesa administrativa foram R$ 6.277.684.605 contra R$ 6.848.053.367 de um período para o outro.
Na despesa com comercialização, foi registrado R$ 2.106.561.810 contra R$ 2.399.769.468. As despesas operacionais subiram de R$ 5.852.513.727 para R$ 6.810.487.857. Por último, as contraprestações de corresponsabilidade cedida aumentaram de R$ 524.941.517 para R$ 655.745.374.
Demandas do consumidor
O levantamento da Agência Nacional de Saúde (ANS) trouxe também os números relacionados às demandas mais requisitadas do consumidor. As reclamações que mais registraram demandas dos usuários foram as com os planos (1.983), seguida de cobertura (1.668); informação (750); contratos e regulamentos (218); mensalidade e reajustes (83) e outros temas (14).
Um desses consumidores que aderiu a um plano de saúde na Bahia no começo de 2024 é o publicitário Igor Sousa, de 23 anos. Segundo ele, o motivo de sua adesão a um plano se deu após enfrentar problemas e dificuldades no Sistema Único de Saúde com sua família:
“Eu costumava usar o SUS para resolver minhas questões médicas, mas pós pandemia e, após um episódio de Covid-19 que meu pai teve, que consequentemente acabou evoluindo para uma pneumonia e em seguida uma entubação, eu senti uma precarização desse serviço que poderia custar a vida de um ente querido meu ou a minha própria vida, devido a alta demanda de pacientes que também utilizam desse serviço. Então por isso resolvi aderir a um plano de saúde.”
Já a fisioterapeuta Katharina Oliveira, de 25 anos, revelou ao BN, que escolheu por um plano de saúde após migrar para um emprego que tinha a opção do benefício. “Fiz [o plano de saúde] por conta da coparticipação, por ter direito no meu trabalho. Optei pois eu estava sem plano algum então é melhor ter alguma coisa do que não ter nada. Já fui para uma consulta e o médico passou os exames, mas ainda não tive tempo de fazer”, contou.
Fonte: Bahia Notícias