Uma pane causada por uma atualização em um software da empresa CrowdStrike causou a interrupção nos sistemas de informática globais nesta sexta-feira, impedindo voos nos Estados Unidos e diversos outros países, prejudicando as transmissões de televisão no Reino Unido e impactando as telecomunicações na Austrália, entre outros problemas a nível global.
No Brasil, alguns bancos foram afetados e a SulAmérica emitiu um comunicado relatando que foi impactada temporariamente. Leia abaixo:
“A SulAmérica informa que o apagão cibernético global, que afetou diversas empresas ao redor do mundo, provocou uma instabilidade temporária em alguns de nossos serviços. Todos os canais de atendimento, como SAC, WhatsApp e chat, já foram restabelecidos. A operadora agradece a compreensão e reforça que atua para normalizar todo o sistema no menor tempo possível.”
ATUALIZAÇÃO DA MATÉRIA
A Humana Saúde também emitiu um comunicado relatando que alguns serviços de atendimento e de seu aplicativo se encontraram indisponíveis ou em funcionamento parcial nesta sexta. Leia:
“Informamos que devido à interrupção global dos sistemas de tecnologia, alguns de nossos serviços como Central de Atendimento e App, encontram-se indisponíveis ou em funcionamento parcial. No entanto, queremos assegurar que estamos empenhados para que este incidente não impacte o atendimento médico em nossas unidades. Nosso time de tecnologia está focado na solução junto à empresa fornecedora e informaremos assim que houver o reestabelecimento integral. Contamos com sua compreensão.”
O que causou o apagão cibernético?
Logo após as primeiras notícias de transtornos pelo mundo, o Coordenador Nacional de Segurança Cibernética da Austrália disse que a “interrupção técnica em grande escala” havia sido causada por um problema com uma “plataforma de software de terceiros”.
A plataforma em questão se chama Falcon, da empresa de cibersegurança CrowdStrike. Essa ferramenta serve para detectar e monitorar possíveis invasões (ações de hackers).
De acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurz, o problema ocorreu por causa de um “defeito na atualização de conteúdo” da Falcon, e não de um ataque cibernético.
Essa falha ocorreu em uma atualização para servidores Windows. Por isso, a Microsoft foi afetada e muitas empresas que usam os seus aplicativos, como companhias aéreas e emissoras de TV, foram atingidas. Servidores Mac e Linux não foram impactados.
O executivo afirmou que a falha estava sendo corrigida:
“Crowdstrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram afetados. Isto não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento.”
O que diz a Microsoft?
Por volta das 8h, a Microsoft disse que a causa da pane havia sido consertada, mas que 365 apps ainda eram impactados.
Mais cedo, a empresa havia emitido comunicado informando que todos seus serviços haviam sido afetados após uma falha no sistema da Azure, sua plataforma de computação em nuvem. A Azure usa a plataforma Falcon, da Crowdstrike.
Fontes: O GLOBO / SulAmérica / Humana Saúde