Segundo relatório da XP Investimentos com dados da ANS — Agência Nacional de Saúde Suplementar, os planos de saúde coletivos terão reajuste de 14% em 2024.
Segundo o levantamento, é o terceiro ano seguido que os reajustes se mantêm neste patamar. Em 2023, a alta média nos preços de planos coletivos foi de 14,38%; em 2022, os reajustes oscilaram na casa de 11,54%.
Dados da ANS registram 50,9 milhões de beneficiários no mercado, com 88,6% deles nos planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão. Os reajustes dos planos individuais e familiares são limitados pela agência, que fixa um teto.
O relatório ainda cita SulAmérica, Bradesco Saúde e Amil como os responsáveis pelas maiores taxas, superiores a 20%.
A expectativa dos especialistas responsáveis pelo estudo é de que “as precificações mais agressivas continuem ocorrendo por pelo menos mais um ano no mercado de planos de saúde”. Entre os principais motivos que justificam a alta estão o aumento de despesas dos planos de saúde com a retomada de atendimentos que haviam sido interrompidos durante a pandemia da covid-19, além de inflação de custos e incorporação de novas tecnologias.
Além disso, de acordo com o levantamento, o mercado tem sido pressionado por aumentos de preços acima de 15% desde meados de 2023. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro pressionam os números para cima, com reajustes na casa de 20% nos últimos meses.
O mercado de planos odontológicos possui uma dinâmica distinta, com a média de aumento de preços permanecendo em um dígito.
Fonte: Exame